Nosso trajeto a partir de São José dos Campos:
*São José dos Campos/SP - Foz do Iguaçu/PR (Rod. Carv. Pinto, Castelo Branco, BR 369) 1200 KMS
*Foz do Iguaçu - Reconquista/AR (RN 12 e 11) 890 KMS
*Reconquista/AR - General Villegas/AR (RN11, AU P Sta Fé- Rosario, RN- AO 12, RN 33) 832 KMS
*General Villegas/AR - General Conesa/AR (RN 33, RN 22, RN 251) 701 KMS
*General Conesa/AR - Puerto Madryn/AR (RN 251, RN 03) 588 KMS
*Puerto Madryn/AR - Puerto San Julian/AR (RN 03) 868 KMS
*Puerto San Julian/AR - Rio Gallegos/AR (RN 03) 359 KMS
*Rio Gallegos/AR - Ushuaia/AR (RN 03, Y-79 CHI) 600 KMS
Nosso retorno foi basicamente o mesmo, acrescentando o percurso para El Calafate/AR
pela RP 5 e RN 40 (620 KMS).
Somando ao trajeto o deslocamento dentro das cidades onde passamos, totalizamos 14.000 KMS até São José dos Campos -SP.
Todas as estradas onde passamos na Argentina estão com asfalfo em ótimas condições, boa sinalização, e algumas pedagiadas, porém nada é cobrado de motos, com exceção da Auto Pista Santa Fé - Rosario, onde cobram alguns poucos pesos.
Neste trajeto não tivemos problemas em encontrar postos de combustível, com distâncias de no máximo 200kms entre um e outro. Ocorre que muitos postos ficavam sem gasolina depois de certo horário, nos pegando de surpresa, o que nos levou a carregar gasolina extra em galões nas motos. Então fica a dica: mesmo uma moto com boa autonomia pode ficar na mão. Fique atento e abasteça sempre, mesmo que tiver rodado pouca kilometragem. Vale também procurar postos dentro das cidades, pois nas rutas o combustível sempre acaba primeiro. O preço da gasolina variou entre 4,00 e 7,00 pesos, com a cotação do Real de R$ 1,00 = 2,40 Pesos Argentinos. Mais um fator importante a ser lembrado é que o consumo da moto aumenta bastante quando se enfrenta os fortes ventos da Patagonia.
O CLIMA
Nesta viagem aprendemos muito, principalmente a respeitar o clima. Na Patagonia passamos por extremos de calor, frio, chuvas e principalmente ventos. Logo na entrada da Patagônia, próximo a General Conesa, fomos recebidos por uma tempestade que acredito ser a pior que todos enfrentamos em muitos anos de motociclismo. Eram insignificantes 4 motos naquela imensidão da estepe patagônica, e o vento nos jogavava de um lado para outro da pista, com muita água para completar. Parar a moto, nem pensar, é cair na certa! Continuamos seguindo até a tempestade passar e no fim estavamos exaustos. Paramos em General Conesa e lá mesmo passamos a noite, mesmo sem estar em nossos planos.
Seguindo pela RN 3, o vento forte e constante nos acompanhou até Ushuaia, mas percebemos que no período da manhã e início da noite era menos intenso. Então passamos a rodar mais nestes horários. Programe sempre sair o mais cedo possível, com menos ventos a viagem rende muito mais kilômetros.
Ushuaia tem temperaturas bem baixas, mesmo em um dia de sol no verão, por isso leve uma boa roupa de cordura com forro de frio, bem como uma capa de chuva, que pode ser usada por cima dela.
Já no retorno ao Brasil, enfrentamos muito calor, de Santa Fé a Fóz do Iguaçu, principalmente nas Rutas 11 e 12, mais de 40º em alguns trechos, nos obrigando a parar a cada 100 kms para beber água e nos refescar um pouco. A roupa de motocross (calça, camisa e luvas) ajuda muito nessas horas.
Bom, nunca subestime o clima, senão você não chega lá...
E como diz nosso amigo Enéas...
"O MOTOCICLISMO É ASSIM MESMO"... .
Abraço a todos,
Rafael Boock.
Há 14 anos
